quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Fado - Sirene (Imaginarius)

" O Canto das Sirenes encontra o Fado "


Companhia Mécanique Vivante com
Margarida Guerreiro [França/Portugal] dia 18 Maio
local Zona envolvente Piscinashora 23h30
duração 60m
Criação para o Festival Imaginarius 2007

“O Canto das Sirenes encontra o Fado”Fruto de sete anos de pesquisas e de desenvolvimento, a Sirene musical advém da adaptação da célebre sirene de alerta. Novo instrumento de música acústico, inscrito na era das invenções, a Sirene conjuga inovação tecnológica e criação artística.
Música transfronteiriça e universal, o Canto das Sirenes propõe um repertório de obras ecléticas de cores solenes e futuristas. Assim, investigadores-compositores e “Sirenistas”, tocadores de Sirenium, são os pioneiros desta nova matéria sonora, própria da Sirene musical.
Concebida para comover grandes audiências, a orquestra polifónica é objecto de instalações ambientais únicas. Afixadas em edifícios menos prováveis, ou “namorando” com o topo dos mastros de navios, as Sirenes revelam o potencial poético das nossas cidades e dos nossos territórios.
O projecto Sirene associa a música e a inovação tecnológica. Um universo próprio de Mécanique Vivante que incrementa, desde 1997, um programa de pesquisa e de desenvolvimento digno de um processo industrial. O projecto, tal como será apresentado no Imaginarius, conta com a participação de Margarida Guerreiro e de Custódio Castelo. Este cruzar com a fadista e o seu guitarrista levou o canto das Sirenes de Mécanique Vivante a encontrar-se com o Fado.

“Desde a sua criação que a Companhia Mécanique Vivante instala, ao ar livre, nas cidades e nos campos, as suas máquinas de fazer sonhar os “bons vivants” e os seus dispositivos cénicos musicais, desde a escala mais íntima do indivíduo até à de um vale inteiro.” E. L.
Para revelar o potencial poético do nosso mundo urbanizado, ela procura identificar os suportes do imaginário e do prazer no local escolhido, para fabricar um momento novo, um objecto jamais visto, com novas utilizações…
Inventor, construtor, músico e fundador de Mécanique Vivante, Franz Clochard aprendeu a domar toda uma “ménagerie” de objectos, mais ou menos nocivos e invasores, transformados por ele em melodias, brinquedos de crianças, volteio e imagens oníricas vivas, ao serviço de um espaço, da sua arquitectura e dos seus habitantes.


Margarida Guerreiro nasceu em Montemor-o-Novo, no Alentejo. Desde muito cedo que se apaixonou pelo fado, através dos discos de Amália Rodrigues que existiam em casa dos pais. Começou a cantar aos doze anos num espectáculo no Convento de S. Domingos, em Montemor-o-Novo, com D. Vicente da Câmara e José da Câmara. Vencedora do concurso de fado do “Amália Clube de Fado“ perante um júri composto por Carlos do Carmo, Rodrigo, João Braga, Carlos Zel, do qual resultou o seu primeiro registo discográfico.Representou Portugal no Festival de Música Internacional El Hatillo, na Venezuela, no II Encontro de Jornalistas, Festival das Quatro Cidades.
Custódio Castelo nasceu em Almeirim e aos sete anos construiu o seu primeiro instrumento musical de onde surgiram os primeiros sons, e aos treze anos é-lhe oferecido o primeiro instrumento “a sério”, uma guitarra acústica. Desde muito cedo que Castelo foi considerado um prodígio pela audaciosa e diferente forma de abordar a guitarra portuguesa e o seu talento reconhecido pelos mais exigentes fadistas dessa época, sendo convidado para acompanhar muitos dos grandes nomes do fado tradicional.
Em 2006, Margarida Guerreiro e Custódio Castelo conhecem-se e o compositor, guitarrista e produtor convida-a dar voz ao seu mais recente projecto artístico - “encores” - que se encontra em digressão por todo o país e será editado em CD no decorrer deste ano.